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25 05 MPEGED FaculdadeLetras noticiaInscrições para o Clac já estão abertas.

Irão até 6/6 as inscrições para os Cursos de Línguas Abertos à Comunidade (Clac), projeto de extensão da Faculdade de Letras (FL) da Universidade Federal do Rio de Janeiro que existe desde 1988 e promove cursos de idiomas, como inglês, espanhol, francês, alemão e italiano, lecionados por graduandos da instituição. O objetivo do Clac é oferecer o ensino de línguas à sociedade, incentivando a troca de saberes entre os graduandos e a comunidade.

As inscrições são para o segundo semestre de 2023 e podem ser feitas pelo SITE. Para a inscrição, é necessário que o candidato seja maior de 16 anos e possua número de CPF próprio − estrangeiros poderão utilizar o número do passaporte somente se não possuírem CPF. Os cursos contam com uma taxa de semestralidade única no valor de R$ 700,00, sendo possível o pedido de isenção aos sorteados para as turmas de nível inicial nos grupos: beneficiários do Cadastro Único; estudantes com bolsa integral (100%) Pronatec/Prouni; residentes de uma das comunidades do entorno da UFRJ − campus Cidade Universitária (Vila Residencial ou Complexo da Maré); aluno ativo da graduação da UFRJ com Bolsa Auxílio Permanência, Bolsa Auxílio Moradia ou Bolsa Auxílio PCD; residentes do alojamento da Universidade; alunos da FL – somente para os Cursos de Oficina de Língua Portuguesa e de Redação; servidores e trabalhadores terceirizados da FL.

24 05 MPEGED ConfiraManual noticiaPrograma de Mestrado Profissional em Educação, Gestão e Difusão em Biociências torna oficial o Manual do Aluno 05/2023

Confira o manual clicando AQUI.

Aplicativo desenvolvido pela UFRJ difunde informações sobre enfrentamentoDesenvolvido por meio da pesquisa “Análise dos serviços de saúde na atenção às mulheres em situação de violência sexual: estudo comparativo em duas capitais brasileiras (Rio de Janeiro/Fortaleza)”, o aplicativo EVISU é o primeiro aplicativo sobre violência sexual como uma das expressões da violência de gênero desenvolvido pela UFRJ

Resultado da parceria com a Universidade de Fortaleza (Unifor) e com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), o EVISU pretende “fornecer informações sobre o enfrentamento da violência sexual contra a mulher, contribuindo para a formação e qualificação profissional, bem como para a visibilidade sobre o tema”, de acordo com sua descrição nas lojas de aplicativo. Além de trazer informações sobre os serviços e políticas públicas que prestam suporte nesse tipo de situação, a plataforma também mostra meios de proteção às vítimas.

Desde janeiro deste ano, a UFRJ passou a contar com um canal específico para receber manifestações relacionadas à defesa dos direitos das mulheres, a Ouvidoria da Mulher, divisão da Ouvidoria-Geral da UFRJ. O aplicativo EVISU é de uso recomendado pela ouvidora-geral da UFRJ, Luzia Araújo, como meio de difundir informações a respeito da violência sexual contra a mulher cis e trans.

A escassez de informação sobre a prevenção da violência sexual na América Latina já era um apontamento feito em 2012 pelo grupo de pesquisa e extensão Prevenção da Violência Sexual, da Escola de Serviço Social da UFRJ, sob a orientação da professora Ludmila Fontenele Cavalcanti. O grupo, que já havia desenvolvido sete pesquisas avaliativas sobre a atenção às mulheres em situação de violência sexual em contextos diferentes, durante dez anos, também observou a dificuldade dos profissionais inseridos nas políticas públicas em localizar informações atualizadas sobre o combate a essa violência.

“A complexidade relacionada às situações de violência sexual, uma das expressões da violência de gênero, requisita uma abordagem multiprofissional capaz de prevenir, detectar e abordar em diferentes momentos. Isso implica acesso simplificado a informações atualizadas”, aponta Cavalcanti.

A parceria entre a UFRJ e a Unifor propiciou a produção e a hospedagem do EVISU. “Considerando a experiência acumulada nas pesquisas (…), em parceria com a Unifor, foi previsto como um dos produtos o desenvolvimento de um material educativo voltado aos profissionais e gestores envolvidos com a atenção às mulheres em situação de violência sexual”, conta Cavalcanti. A professora avalia ainda que ele serve de “modelo e ferramenta institucional em diferentes contextos de políticas públicas”, sendo referência para o desenvolvimento de outros aplicativos.

“Nosso aplicativo tem sido adotado em ambientes de formação profissional, como em disciplinas de graduação e pós-graduação de diferentes universidades, e em capacitações de profissionais e gestores. Ele contribui para a formação profissional dos estudantes de vários cursos da UFRJ, por meio da participação das análises da demanda e atualização de informações e da produção de trabalhos acadêmicos acerca do aplicativo. Assim, por meio do aplicativo EVISU, a UFRJ contribui para a qualificação dos profissionais das variadas políticas públicas e para a qualificação da atenção às mulheres vítimas de violência sexual”, analisa Cavalcanti.

Fonte: Conexão UFRJ

15 05 Noticia FEIRANa quarta-feira, 3/5, a Faculdade de Letras (FL) da Universidade Federal do Rio de Janeiro recebeu, de portas abertas, toda a comunidade acadêmica para a primeira edição da sua Feira de Extensão. A partir da pluralidade de apresentações e atividades culturais, o evento construiu um importante espaço de diálogo entre os projetos de extensão e o corpo discente da UFRJ.

Para Ivana Bentes, pró-reitora de Extensão da instituição, a feira desponta como oportunidade de conhecer as múltiplas possibilidades que a atuação em ações de extensão pode proporcionar aos graduandos:

“É fundamental termos feiras como essa. Meu sonho é que cada centro e cada unidade pudesse fazer a sua própria feira, porque são tantas atividades incríveis que nossa Universidade oferece! Só na Letras são mais de 20 ações de extensão, e eu estou vendo aqui as mais variadas possíveis. O projeto Ações Contra o Preconceito Linguístico, por exemplo, está trabalhando com uma escola de outro município, atuando como gestora de políticas públicas e criando conexão com uma comunidade indígena no Pará. Não é demais? A extensão é isso: território, corpo a corpo, presença… E a feira está cumprindo muito bem esse propósito”, afirmou

Momentos antes da mesa de abertura, atividade que selou o início da feira, o decano do Centro de Letras e Artes (CLA), Afrânio Gonçalves Barbosa, revelou que o espírito e a vibração do evento o faziam lembrar a primeira feira cultural do Curso de Línguas Aberto à Comunidade (CLAC), realizada na década de 1990 e que até hoje é considerada a primeira grande exposição da Faculdade de Letras. Para ele, a feira é um cartão de visitas a toda a Universidade, permitindo que trabalhos e pesquisas de longos anos possam ser reconhecidos e divulgados.

Além da comunidade acadêmica da UFRJ, a Feira de Extensão também contou com a presença da Escola Municipal Manoel Francisco da Silveira, localizada no município de Magé. Apesar da longa viagem até a Cidade Universitária, o estudante Maxwell Alcântara, do 8º ano, relatou o prazer de estar ali: “Participar de um evento com tanto conhecimento, cultura e pessoas diferentes é um momento para guardar na memória”.

De acordo com Pedro Martins, vice-diretor da Direção Adjunta de Cultura e Extensão (Dacex), a expectativa é de que o encontro se torne tradição na FL:

“Com a primeira Feira de Extensão, a gente quis, antes de tudo, construir um espaço de diálogo entre os projetos, principalmente da Letras, mas também de outras unidades parceiras, além é claro de apresentar esse espaço para pessoas interessadas de outras unidades e até de fora da UFRJ. Isso aqui já é um grande primeiro passo, mas a gente espera que os próximos eventos sejam ainda maiores, com mais parceiros, com mais público externo. Nós estamos muito felizes de poder começar algo tão especial”, disse.

Conheça alguns dos projetos de extensão:

Ações Contra o Preconceito Linguístico: o projeto busca criar propostas de valorização da diversidade linguística e conscientizar o público acerca dos malefícios do preconceito linguístico para as comunidades minorizadas. Atualmente, a equipe também atua com uma rede de troca de conhecimentos entre estudantes do município de Magé e São Félix do Xingu. Para saber mais, acesse o perfil do projeto no Instagram.

CAp Literário: projeto de extensão do Colégio de Aplicação (CAp) da UFRJ que recebe os licenciandos de Letras em processo de estágio e desenvolve anualmente um evento voltado para discussões literárias. A edição deste ano será no dia 16/9, com temáticas baseadas no livro Futuro Ancestral, de Ailton Krenak. Para mais informações, acesse o perfil do Instagram do projeto.

Media Latina: o projeto tenta adaptar materiais didáticos em domínio público e transformá-los em instrumentos que possam ser consumidos em meios eletrônicos para o aprendizado e a pesquisa do latim. Atualmente, o site do projeto já possui algumas adaptações e pretende desenvolver produções autorais a partir desses arquivos.

Mitologando: com foco no público infantojuvenil, o projeto explora o imaginário clássico e amplia o olhar dos pequenos leitores sobre o mundo antigo, apresentando a literatura clássica greco-latina e sua cultura a partir de textos fundamentais, contribuindo dessa forma para a contextualização e ampliação dos saberes de crianças e jovens. Visite o site ou o perfil do Instagram do Mitologando e conheça suas produções.

Observatório da Escrita: as atividades do projeto estão sempre relacionadas às propostas pedagógicas das escolas públicas em que os integrantes atuam, realizando oficinas de leituras e produção de textos para jovens e adultos. Acesse o perfil do Observatório no Instagram.

*Este texto é resultado das atividades do projeto de extensão “Laboratório Conexão UFRJ: Jornalismo, Ciências e Cidadania” e teve a supervisão da jornalista Vanessa Almeida.

Fonte: Conexão UFRJ

Especialistas da UFRJ são cautelosos mas creem que avanços comPassado um mês da divulgação da carta de alerta da organização sem fins lucrativos Future of Life Institute (FLI) pedindo uma pausa nos experimentos com Inteligência Artificial (IA), surgem questões sobre o que de concreto pode acontecer, já que, exceto por novas adesões entre os signatários, muito pouco ocorreu. A mensagem alarmista sobre riscos que podem trazer prejuízos à humanidade é assinada por diversos atores sociais de notoriedade, entre políticos, acadêmicos, especialistas e empresários do setor tecnológico. Para especialistas da UFRJ no assunto, é pouco provável que ocorra uma moratória que paralise por seis meses as pesquisas e evolução da IA.

A professora Priscila Machado Vieira Lima, do programa de Engenharia de Sistemas e Computação (Pesc), do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ), acredita que é bem mais difícil de se obter na prática uma adesão mundial à pausa do que quando tal paralisação se refere à produção de armas nucleares, por exemplo. “Uma vez assinado um acordo de não proliferação de armas nucleares, sua implantação pode ser acompanhada pelo rastreio de materiais, que são extremamente controlados, e de instalações industriais. O mesmo não poderia ser feito para a proposta encabeçada pelo FLI”, opinou.

Do ponto de vista de Lima, a paralisação é inviável. Ela argumenta que se deve aproveitar a proposta para intensificar e ampliar o público envolvido nas discussões para obtenção de regulamentações adequadas e cujas aplicações sejam factíveis. “O avanço nos aspectos regulatórios seria uma meta mais realista e com maior probabilidade de resultado”, afirmou.

Para o professor Claudio Miceli de Farias, também do Pesc, a carta não pede simplesmente uma pausa. “A reivindicação é de um pouco mais de cuidado sobre esses experimentos e sobre as coisas que estamos fazendo. Na verdade, o quão rápido a IA pode ser utilizada para romper a fábrica do tecido social, de como nossa sociedade funciona? O que isso vai gerar? Qual o impacto de uma dessas aplicações caso dê errado?”, questiona ele.

Segundo a agência de notícia Reuters, em meados de abril uma dúzia de membros do Parlamento Europeu pediu à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e até ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que convocassem uma reunião de cúpula para encontrar maneiras de controlar o desenvolvimento de sistemas avançados de inteligência artificial (IA), mas sem o tom alarmista do FLI. A Itália foi o único país a suspender as atividades do ChatGPT, o que pode ocorrer de forma definitiva se a empresa OpenAI não atender às demandas de proteção de dados e privacidade.

Os riscos do desenvolvimento desregulado da IA, segundo a professora do Pesc, já vinham sendo elencados há algum tempo e podem ser resumidos em: abuso de poder da IA; perda de controle da IA; desalinhamento de objetivos entre IA e humanos; e substituição de empregos de humanos pela IA. “O FLI, fundado em 2014, constituiu um marco ao colocar a Inteligência Artificial como uma das quatro áreas do conhecimento, lado a lado com as áreas de biotecnologia, armas nucleares e mudanças climáticas, que notoriamente apresentavam grande risco para a Humanidade”, informou Priscila Lima.

De acordo com a professora, muito já se debateu sobre a alimentação dos sistemas inteligentes com bases de dados enviesados e as formas de mitigar problemas com relação ao abuso de poder da IA – como a escolha automática de perfis de candidatos a um emprego ou avaliação automática de risco de reincidência de crimes para concessão ou não de liberdade condicional. No tocante à perda de controle da IA, a mitigação dos danos também passa fortemente pelo aprimoramento técnico de mecanismos que permitam ao sistema inteligente ser interrompido (“botões de pânico” embutidos nos algoritmos têm sido propostos).

Porém, os dois últimos tipos de riscos envolvem áreas inteiras, e não apenas técnicas específicas da robótica ou da computação. A questão da substituição de humanos por algoritmos está intimamente ligada à necessidade de alinhamento de objetivos ente humanidade/sociedade e IA. Estes temas precisam ser tratados sob óticas envolvendo praticamente todas as áreas dos saberes – talvez Sociedade 5.0 e Sustentabilidade sejam “super-temas” adequados para os debates mais imediatos.

Na visão de Claudio Miceli, uma das preocupações com IA é ética, pois é difícil confirmar veracidade. Se não é possível determinar o que é verdadeiro e o que é falso, por exemplo, há a probabilidade de que o uso seja para manipulação ou outros fins criminosos. “Como confiar no que é verdade? Só isso já é um problema. Fora que há outros relacionados à substituição rápida de empregos sem que se consiga dar para as pessoas uma outra opção. Na verdade, o problema não é a tecnologia substituir empregos, mas não dar opções para essa força de trabalho. O que fazer quando eles não tiverem mais renda? A nossa economia é baseada em consumo, mas e se as pessoas não conseguirem mais consumir? Esses são os problemas iniciais e imediatos que se vê com a IA, e tem outros mais fantasiosos”, concluiu.

Fonte: Conexão UFRJ

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